Você ja fez uma boa ação hoje?

Responsável:

domingo, 2 de janeiro de 2011

Crueldade ao redor do mundo

Estados Unidos

O número de Greyhounds mortos anualmente nos Estados Unidos varia de 30 a 50 mil. 50% dos cães são mortos antes mesmo de chegarem às pistas.
Cerca de 100.000 coelhos e outros pequenos animais são utilizados como iscas vivas no treino dos Greyhounds, que são incentivados a persegui-los e matá-los. Os cães menos agressivos são fechados dentro de uma jaula com um destes pequenos animais e só são libertados ou alimentados depois de matarem a presa. Segundo reportagem “Correndo para não morrer” publicada em The Animals Agenda, em maio de 1986, “estima-se que pelo menos 90% dos treinadores de Greyhounds acreditam que o uso de iscas vivas é necessário para ensinar seus animais a perseguir a isca mecânica, por acreditarem que desta maneira terão melhor desempenho”.
Nos Estados Unidos, muitos canis têm gaiolas empilhadas em dois andares, com as fêmeas geralmente no nível superior, e os machos embaixo. Muitos cães passam sua vida inteira trancados nestes canis. Como os Greyhounds geralmente competem em várias pistas diferentes durante sua carreira, eles são transportados de um canódromo para o outro, amontoados em vans ou trailers de alumínio mal ventilados. O transporte por longas distâncias em condições precárias costuma causar desidratação, perda de peso, exaustão e até a morte.

Grã Bretanha

A Grã Bretanha (Inglaterra, Escócia e País de Gales) é supostamente uma nação de amantes dos animais. A maioria dos lares tem um animal de estimação e mais de um quarto deles tem um cão. No entanto, o destino dos Greyhounds que participam das corridas é extremamente cruel. Um cão tem uma expectativa de vida de 14 anos ou mais, porém um Greyhound de corrida não vive mais que cinco anos. Somente uma sortuda minoria consegue recolocação em lares no final da carreira. A maioria, no entanto, é morta no primeiro ano de sua vida e estima-se que 12.000 Greyhounds sofram este destino todos os anos. Para muitos o fim significa a morte em um matadouro sujo, com um tiro na cabeça por meras 10 libras. Os animais que costumam dar lucros exorbitantes aos criadores e apostadores terminam seus dias assassinados e despejados no mato.
Segundo a política oficial da National Greyhound Racing Club (NGRC), os cães devem ser recolocados em lares no final da sua carreira, mas somente 3.000 dos 10.000 usados nas pistas oficiais do Reino Unido a cada ano conseguem encontrar um lar. No entanto, a NGRC não assume nenhuma posição sobre esta chacina de Greyhounds saudáveis e orgulha-se desta atividade, que é o segundo maior espetáculo desportivo e gera bilhões de libras em apostas.

Irlanda

Os Greyhounds na Irlanda são criados em massa e não conseguem ser adotados na mesma medida. Os relatos de crueldade são diversos, eles são encontrados em grande número abandonados nas ruas, sujeitos a torturas e maus tratos. Os centros de adoção estão lotados de Greyhounds aguardando lares. Mesmo recentemente foram encontrados Greyhounds (alguns vivos, outros não) com as orelhas mutiladas para que os donos não fossem identificados por causa do chip. Nos noticiários, encontramos matérias como crianças de 10 a 12 anos torturando um Greyhound abandonado, e crianças de 7 a 8 anos apostando em corridas. Em 2006 foi noticiado o caso de uma loja musical que vendia pandeiros feitos com pele de Greyhounds.
Os Greyhounds também são criados para serem exportados para diversos países para que sejam utilizados no suposto “esporte”. As condições de transporte são atrozes e depois de uma curta carreira nestes países, os cães ainda sofrem abandono, torturas e morte.
A RSPCA – Associação Britânica Protetora Contra Crueldade aos Animais divulgou um relatório em 21/07/2004, denunciando que 36 Greyhounds foram exportados da Irlanda para serem vendidos em Barcelona. Os cães chegaram sedentos, famintos e maltratados, após viagem onde permaneceram enjaulados por mais de 30 horas em condições precárias. Os cães fizeram um trajeto de 1200 km até o destino final – a Espanha, distribuídos em 20 minúsculas jaulas, onde mal podiam permanecer de pé, viajando por ferrovias e depois através de caminhões abafados, com temperaturas atingindo 40 graus. Infelizmente este não foi um caso isolado.
O canódromo de Barcelona foi fechado em 2006 e os Greyhounds irlandeses (assim como os espanhóis), ficaram a mercê da própria sorte. Nos abrigos espanhóis podem ser encontrados Greyhounds irlandeses a espera de adoção, e já houve o caso de um deles que sobreviveu apesar dos ferimentos graves devido ao enforcamento.

Da Austrália para a Ásia

A indústria de corrida de Greyhounds australiana impõe um triste fim para seus cães: eles acabam seus dias em laboratórios de vivissecção ou são exportados para países como Coréia, Vietnã e China, com planos de criação de pistas de corrida por todo o Camboja e Filipinas. Estes países são notórios pelos atos bárbaros de tortura e matança de cães para consumo humano, onde não há nenhuma esperança ou possibilidade de doação ou recolocação para os Greyhounds aposentados. O destino dos Greyhounds australianos na Ásia é desumano e, conforme amplamente exposto pelos meios de comunicação, estes magníficos cães estão terminando seus dias sendo exterminados pela indústria da carne de cachorro, ou simplesmente sendo jogados em aterros.
Como todos os cães, os Greyhounds merecem ser protegidos. Até que as corridas com apostas sejam banidas, os cães continuarão enfrentando o triste destino que os aguarda: esquecimento, abandono e morte. É hora de dizermos "basta"! Por favor, unam suas vozes ao crescente coro das pessoas que acreditam que é errado tratar os Greyhounds desta forma tão cruel.

Um comentário: